quarta-feira, 30 de março de 2011

acreditem, isso é verdade!

O que o homem deve ou não deve dizer quando a sua mulher ou namorada está 
na TPM...
 
 PERIGOSO: O que tem pro jantar?
 
 SEGURO: Posso te ajudar com o jantar?
 
 SEGURÍSSIMO: Onde você quer ir pra jantar?
 
 ULTRA-SEGURO: Aqui, come esse chocolate.
 
 PERIGOSO: Você vai vestindo ISSO?
 
 SEGURO: Nossa, você fica bem de marrom.
 
 SEGURÍSSIMO: Uau! Tá uma gata!
 
 ULTRA-SEGURO: Aqui, come esse chocolate.
 
 PERIGOSO: Tá nervosa por quê?
 
 SEGURO: Será que não estamos exagerando?
 
 SEGURÍSSIMO: Toma 100 reais.
 
 ULTRA-SEGURO: Aqui, come esse chocolate.
 
 PERIGOSO: Será que você devia comer isso?
 
 SEGURO: Sabe, ainda tem bastante maçã.
 
 SEGURÍSSIMO: Quer um copo de vinho pra acompanhar?
 
 ULTRA-SEGURO: Aqui, come esse chocolate.
 
 PERIGOSO: O que você fez o dia todo?
 
 SEGURO: Espero que você não tenha trabalhado demais hoje.
 
 SEGURÍSSIMO: Adoro quando você usa esse robe!
 
ULTRA-SEGURO: Come mais um pouco de chocolate.

Para rir um pouco...


Certa Igreja Uma certa igreja que estava precisando de pastor recebeu a seguinte carta: Senhores: "Sabendo que o púlpito de sua igreja esta vago, gostaria de candidatar-me ao cargo. Tenho muitas qualificações que, penso, irão apreciar. Tenho sido abençoado com poder na pregação e tenho tido bastante sucesso como escritor. Alguns dizem que sou bom administrador.
Algumas pessoas contudo têm algumas coisas contra mim. Tenho mais de 50 anos de idade. Nunca fiquei mais que 3 anos num mesmo lugar. Em alguns casos tive que abandonar a cidade porque a obra causou tumultos e distúrbios. Tenho que admitir que estive na cadeia três ou quatro vezes, mas não por más ações. Minha saúde não é muito boa, embora eu ainda consiga trabalhar muito.  
Tenho exercido minha profissão para pagar as despesas. Eu não tenho tido muita comunhão com os líderes religiosos das diversas cidades onde tenho pregado. Eu não sou muito bom para manter arquivos de registros. Muitos sabem que até já me esquecei quem foi que batizei.
Todavia, se os senhores quiserem me aceitar, eu me esforçarei ao máximo, mesmo que seja obrigado a trabalhar para ajudar no meu sustento". Depois de ler a carta, os oficiais disseram não querer um homem enfermo, contencioso, turbulento e presidiário descabeçado para dirigir sua igreja. Mas por curiosidade perguntaram o nome do candidato e o diácono que leu a carta disse: "O apóstolo Paulo".

A Graça de Deus

Por muitas vezes na caminhada cristã, paramos e nos perguntamos: “Até onde a Graça e misericórdia de Deus podem me alcançar”?
            Antes de tentarmos limitar a Graça e Misericórdia do Pai, precisamos parar e pensar o que elas significam realmente em nossas vidas.
            Quando Deus criou o homem e a mulher, Ele os dotou de sabedoria e livre arbítrio, Deus em sua pré ciência já sabia que o homem iria pecar, e se distanciar de sua presença, justamente por isso, lemos em Apocalipse 13:8, que Jesus é o Cordeiro de Deus, que foi morto antes da fundação do mundo.
            Deus antes mesmo da queda do homem já havia traçado o plano da salvação, e começou a mostrar a sua Graça.
            Ao abrimos a bíblia em Gênesis 3:7 contemplamos como o homem desde o princípio tem tentado cobrir os seus erros de modo errôneo. Adão e Eva haviam transgredido contra os mandamentos do Senhor, tomando do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, após terem se alimentado daquele fruto, contemplaram que estavam nus, que estavam nus não apenas física, mas também espiritualmente!
            Ora, isso parece com a nossa história, pecamos contra Deus, e percebemos que estamos nus, despidos e desprovidos de qualquer coisa que possa encobrir nossos erros. Mas mesmo assim damos um ''jeitinho brasileiro'', e procuramos nos justificar com as nossas próprias obras, e isso aprendemos a fazer com o nossos primeiros  pais Adão e Eva.
            Ao descobrirem que estavam nus, cozeram para si folhas de figueira, e fizeram aventais para assim cobrirem a sua nudez e a sua vergonha. Eles não queriam enganar a Deus, não queriam disfarçar, eles queriam que Deus ao contemplá-los se admirasse e visse que não havia sido uma idéia tão tola comer daquele fruto, que afinal de contas eles estavam nus, mas já haviam se vestido, tinha algo de errado nisso? Pode ser que naquela hora não! No momento aquelas folhas de figueira poderiam resolver, mas um dia iriam perecer, um dia elas iriam secar, um dia elas já não serviriam para cobrir a sua vergonha.
            Isso não nos soa familiar? Nós  descobrimos que estamos errados da cabeça aos pés, mas sempre tentamos encobrir isso, com nossas “Boas Obras”, “Boas ações, “Dias de culto que nunca faltamos”, e ao fazermos isso, batemos no peito e dizemos para nós mesmos: “Tudo bem, eu errei, mas já fui à Escola Dominical, e creio que isso pode encobrir meu erro por uma semana”, “Dei meu dízimo esse mês, então não preciso me preocupar tanto assim com meu irmão, ou em refrear a minha língua”, e assim vamos cozendo folhas de figueira aqui, cozemos outras ali, e pronto! Tudo resolvido, em perfeita ordem!
            Essa é a realidade que tentamos viver, e que gostaríamos que fosse verdade, mas não é! Com o passar do tempo nossas ''folhas de figueira'' começam a secar, uma erva daninha começa a comê-la e em questão de tempos vemos a nossa Justiça Própria totalmente aniquilada. Vemos que assim como profetizou Isaías a nossa Justiça não passa de trapos de imundícia. (Isaías 64:6).
            É justamente por essa razão que Paulo ao escrever aos romanos é tão categórico e direto em seus assuntos, ele sabia claramente que todos os homens haviam pecado, e por isso toda a humanidade estava condenada a viver distante da glória de Deus. Segundo a perspectiva de Paulo não há um justo sequer, não há ninguém que entenda, ninguém que busque a Deus (Rom 3:9-10)
            Ele continua dizendo que:
 “a garganta do homem é como um sepulcro aberto; com a língua tratam enganosamente; peçonha de áspides está debaixo de seus lábios; cuja boca está cheia de maldição e amargura, os seus pés são ligeiros para derramar sangue, em seus caminhos há destruição e miséria e não conheceram o caminho da paz. Não há temor de Deus diante de seus olhos. Ora nós sabemos que tudo o que a lei diz, diz aos que estão debaixo da lei, para que toda a boca esteja fechada, e todo o mundo seja condenável diante de Deus. Por isso nenhuma carne será justificada diante d'Ele...”
 (Rom 3:11-20a)”
            Em que situação complicada nos metemos! Diante de Deus somos todos condenáveis, porque? Porque pecamos! “E o salário do pecado É a MORTE” (Rom 6:23 grifo meu).
            Erramos, pecamos e transgredimos contra o Senhor, e isso é indiscutível! Diante de Deus somos irreconciliáveis por nossas obras, por nossas “Folhas de Figueira”. Deus não as aceita, porque são obras mortas, obras que hoje surtem efeitos, e amanhã perecem...
            Deus sabia que nós nunca conseguiríamos nos salvar, ou resgatar nossa amizade com Ele. Isso mesmo AMIZADE, após pecar o homem se tornou inimigo de Deus, de acordo com Paulo aos romanos. 5:10, éramos INIMIGOS de Deus... destituídos da Glória do Pai.
            Se olharmos bem texto de gênesis após a cena das folhas de figueira, e atentarmos para seus detalhes, veremos que Deus mesmo ali em um momento de queda do homem demonstrou seu amor para com ele, o texto diz da seguinte forma: “E fez o Senhor Deus a Adão e a sua mulher túnicas de peles e os VESTIU” (Gn 3:21 grifo meu).
            Deus sabia que aquelas folhas que Adão e Eva haviam pegado logo iriam perecer, e logo o homem teria que fazer outro avental, e isso seria um ciclo vicioso, pois essas folhas simbolizam a Justiça Humana, o homem sempre tenta justificar seus erros, e suas ações, sempre tenta achar ''desculpas''  e encobrir os suas falhas, e Deus tem procurado desde o Gênesis mostrar que não é assim que iremos resolver as coisas, pecamos, erramos, transgredimos, Sim! Mas Ele sabe disso,  sempre soube, e o que quer que entendamos é que Ele tem tentado nos dizer: “Calma, eu tenho vestes reais para lhe dar, tenho vestes feitas com pele de Cordeiro. Cordeiro perfeito, imaculado. Vestes que não irão perecer porque são da minha GRAÇA!!!
            Paulo me parece que foi feliz em entender essa idéia, pois após ele descrever a situação pecaminosa do homem,  ele destaca: “Por isso nenhuma carne será justificada perante Ele PELAS OBRAS DA LEI, porque pela lei vem o conhecimento do pecado” (Rom 3:20 grifo meu).
            O apóstolo sabia que o homem sempre tentaria se justificar pelas Obras da Lei, e por persistir nessa tentativa ele sempre seria injustificável diante de Deus, mas se ele atentasse para as vestes que Deus tem para lhe dar as coisas seriam diferentes, pois:

 “Agora se manifestou sem a lei a justiça de Deus... isto é a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo, para todos e sobre todos os que crêem; porque não há diferença. Porque todos pecaram e destituídos estão da Glória de Deus, sendo JUSTIFICADOS GRATUITAMENTE, pela redenção que há em Cristo Jesus, ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos sob a paciência de Deus, para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que Ele seja JUSTO e JUSTIFICADOR, daquele que tem fé em Jesus”. (Rom 3:21-26 grifo meu)

Que dádiva imerecida! A nossa justiça não vem por nossas obras, e sim pelo Sacrifício de Cristo na Cruz do calvário, e Jesus não é apenas Justo, mas Justificador, não é apenas Santo, é Santificador, não veio para condenar o mundo, e sim para salvá-lo, e sim para restaurar a AMIZADE nossa com Deus:

 “Porque Cristo, estando nós ainda fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios. Porque apenas alguém morrerá por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém ouse morrer. Mas Deus prova seu AMOR para conosco em que Cristo morreu por nós, sendo nos ainda pecadores. Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos de sua ira. Porque se nós sendo inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida. E não somente isto, mas também nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo, pelo qual alcançamos a RECONCILIAÇÃO”. (Rom 5:6-11 grifo meu)

            Ele não veio condenar o mundo, mas veio para que o mundo fosse salvo por Ele, e fez tudo isso simplesmente por AMOR, nos deu GRAÇA, favor que não merecemos, teve MISERICÓRDIA de nós, colocando-se em nosso lugar de miséria, dor e sofrimento, para que pelas suas pisaduras fôssemos sarados, o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele!
            Mas quero chamar sua atenção para um pequeno fato, a morte de Cristo não foi apenas para o mais vil pecador, que se arrepende. Ela também se destina a nós, que fomos salvos de sua ira, mas que constantemente erramos em alguns pontos, e falhamos em alguns mandamentos.
            Temos a terrível concepção que se uma vez fomos salvos, e erramos, pecamos ou transgredimos, a Ira de Deus recai sobre nós e somos irreconciliáveis, quando na verdade a Graça do Pai se estende ao filho pródigo, ao bastardo e ao que está em casa todos os dias! Isaías nos diz que “Ele não veio para apagar o pavio que fumega ou quebrar a cana trilhada” (Is 42:3).
            Temos que procurar ter uma vida de santidade e de perfeição diante de Deus, mas mesmo nessa caminhada em busca da estatura do varão perfeito, iremos “vacilar” por diversas vezes, e temos que entender que nesses momentos em que ''saímos da risca'' O Pai estará com as suas mãos estendidas nos oferecendo a Graça d'Ele, e podemos ter certeza que ele não estará com uma expressão zangada, querendo nos consumir no mesmo instante em que olha para nós, pelo contrário, Ele estará com o olhar mais terno possível, quase que sussurrando a nós: “Eu sei que você errou, mas a minha Graça é abundante para te justificar diante de teu adversário”.
            O exemplo mais claro que temos disso é a arca da aliança e o sacrifício anual do povo israelita. Uma vez por ano o Sumo sacerdote tinha que apresentar um sacrifício de um cordeiro imaculado, de um ano, afim de extirpar os pecados da nação, mas o mais interessante em tudo isso é o momento em que ele entrava no Santo dos Santos, pois ali havia a arca da aliança, e essa arca trazia em si um pouco do maná do deserto, simbolizando  providencia de Deus, a vara de Arão, mostrando que Deus é um Deus fiel em suas promessas, e a tábua com os dez mandamentos, mostrando a aliança de Deus com eles, e era justamente aí que começava a 'complicar' o assunto, quando o sumo sacerdote entrava no santo dos santos, ele espargia sobre a arca o sangue do animal que havia sido sacrificado. Se o sacrifício houvesse agradado a Deus, e o sumo sacerdote estivesse em santidade, Deus aceitaria aquela oferta, e tanto o sumo sacerdote como toda a nação sobreviveria. Caso contrário o sumo sacerdote seria fuzilado na mesma hora pelo juízo divino, e a nação de Israel sofreria sérias conseqüências.
            Olhando para isso vemos o que Paulo disse aos Romanos, que pelo conhecimento da Lei vem o pecado, as tábuas dos dez mandamentos simbolizavam a Lei, se o sacrifício fosse perfeito, e o sumo sacerdote estivesse em santidade, Deus não olharia para os mandamentos dentro da arca e sim para o sangue que foi espargido sobre ela , olhando para o sangue, a lei era de certa forma ''escondida'' e sem lei não há pecado, logo não há juízo! Se hoje nós somos a arca de Deus, e em nós temos o conhecimento da lei todas as vezes que Deus olhasse para nós deveríamos ser consumidos, MAS, um Cordeiro perfeito, na pré ciência divina foi sacrificado, e há cerca de dois mil anos atrás isso se concretizou, o sacrifício foi perfeito, o Sumo sacerdote por excelência segundo a ordem de Melquisedeque é Santo e Santificador, o sacrifício e o Sumo sacerdote foram aceitos de forma tão perfeita que o véu do templo rasgou-se, e hoje quando Deus nos olha, não vê a lei, ou os pecados, mas o Sangue que foi vertido na Cruz do calvário, e está sobre as nossas vidas! Somos justificados por Ele, e co-herdeiros das promessas de Deus com Ele.
            Em suma, a Graça de Deus pode nos alcançar nos momentos mais difíceis e de piores situações espirituais, pois o Eterno sempre olhará para o Gólgota, e nos acolherá em seu Santuário.


Portanto nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus...” (Rom 8:1)

Agora, lá vai ele...

Agora lá vai ele...
Agora, lá vai ele, como sempre, sozinho.
As pessoas ao vê-lo sentem repúdio,
Não é à toa que ele tenha se tornado ranzinza e carrancudo.
Há tempos ele não se aproxima de ninguém.
Há tempos ele quase não passeia pela cidade.
Há tempos ele nem sequer é tocado.
Agora, lá vai ele, ninguém queria ficar a sua volta.
Ninguém queria um abraço ou aperto de mão dele.
As crianças que são doces, ao vê-lo se tornavam mais amargas que o fel.
Ninguém o respeitava, empatia era um sentimento que ninguém tinha por ele.
Imundo! Era a maneira que o chamavam.
Imundo! Era como ele devia se identificar.
Quem era ele? Mais um leproso.
Agora, lá vai ele. Um fio de esperança passa por seu coração.
Um novo profeta havia se levantado em Israel.
Alguns diziam que era o Messias prometido à Israel.
Disso, ele não tinha certeza, mas ouvira falar de uma pesca maravilhosa que esse profeta havia realizado,
Também havia ouvido falar que ele teria curado um endemoniado.
 Então, ele decide que não tinha nada a perder. Por isso, ele vai.
Agora, lá vai ele, talvez a princípio ele tenha pensado em questionar,
Mas ao se aproximar, ele percebe que Jesus não é mais um.
Ele é único. Provavelmente o Filho de Deus.
Um sentimento de temor e tremor lhe invade
Com uma reverencia divina se curva diante do Rei do reis e suplica:
“Senhor, se quiseres pode tornar-me limpo”.
Algo incompreensível ocorre.
Tudo acontece muito rápido.
Jesus o TOCA e o CURA.
Um toque?
Como assim?
Ele esperava uma cura física,
Mas Jesus cura sua alma antes de tudo.
Com o toque Jesus lhe restaura a dignidade.
Ele recebe algumas instruções,
Mas permanece alguns minutos de joelhos com lágrimas nos olhos,
Pensando paulatinamente nos últimos cinco minutos.
Agora, lá vai ele,
Não é mais um leproso,
Ou um sem esperança,
Mas sim uma pessoa que havia encontrado o maior homem de toda a História...
Jesus...
Agora? Lá vai ele...

quarta-feira, 16 de março de 2011

Cortadas por que Cresceram...

         Quando estava em meu segundo ano do seminário, aconteceu algo que eu nunca pensei que aconteceria. O IBAD possui muitas árvores dentro de seus limites, árvores grandes mesmo, receio que elas estejam ali desde a sua fundação, há 53 anos atrás... Embora elas incomodassem às vezes, e fizesse com que a escala dos meninos duplicasse - principalmente no outono - eu gostava delas. Eram grandes, suas folhas proporcionavam uma bela sombra, evitando que os raios solares penetrassem diretamente em nossos quartos. Algumas das árvores eram frutíferas, pés de manga, jaboticaba e acerola, tornavam a primavera mais apreciada por nós alunos, pois além dos doces frutos que algumas produziam, atraíam as mais belas e coloridas borboletas, e os mais belos cantos de pássaros.
Tudo caminhava bem, até que um dia “o que eu temia me sobreveio” (risos): estavam cortando as árvores! Como assim? Pra quê cortarem seus galhos e folhas? Sinceramente fiquei sem entender durante aquela semana, o motivo pelo qual as árvores estavam sendo cortadas, simplesmente não compreendia. Ver todos aqueles galhos e folhas no chão me dava verdadeiro arrepio, o cenário havia mudado de forma rápida e drástica, e sem nenhuma explicação aparente... Eu queria, não, eu precisava de respostas. Nunca pensei entrar em crise por causa de árvores! Mas, havia entrado...
Um dia resolvi criar coragem, e perguntar a um dos professores do IBAD, avistei o Prof. Helder Galvão, e perguntei meio que sem querer perguntar: “Por que cortaram as árvores?” Não queria que ele percebesse que eu ansiava por uma resposta satisfatória, queria que minha pergunta parecesse ter sido soada apenas para mim mesma, porém, ele me respondeu, com um riso discreto ele me deu a resposta mais absurda que eu poderia ter ouvido: “Elas cresceram demais...” O quê? Elas foram cortadas por que cresceram demais? Mas o objetivo da vida não é esse? Nascer e crescer? Que resposta mais incoerente era aquela pelo amor de Deus?
Subi para o Brenda inconformada com o que acabara de ouvir, agora pronto, como assim? Cortadas por que cresceram? Que coisa mais sem sentido, brincadeirinha sem graça... Embora a resposta parecesse incoerente e sem lógica, me atormentou por alguns dias, fiquei meditando naquela resposta: “Elas cresceram demais” isso ecoava diariamente em meus pensamentos, como se quisesse me revelar algo... Resolvi dar ouvidos àquele incessante silencio que falava em minha mente, e pude perceber a enorme semelhança que aquelas árvores tinham com tantas pessoas...
Permita-me explicar-lhe, após cortadas algumas das árvores, quando chegou a estação própria passaram a frutificar, como não havia acontecido no ano passado, um dos pés de manga que fica em frente ao Brenda, passou a dar mangas como eu não havia visto anteriormente, e o melhor de tudo: mangas doces. Não conheço muito de agricultura, cresci na Selva de Pedras, portanto não me considero autoridade para falar sobre o crescimento e vida de árvores, mas algo me diz que o que impedia essas árvores de frutificar nos anos anteriores era exatamente sua enorme quantidade de folhas e galhos... A “responsabilidade” de se manter bonita era tão grande que não sobrava quem sabe, seiva para dar vitaminas o suficiente para a produção de bons frutos. Interessante, intrigante, instigante...
Quanta semelhança com nós, meros mortais Ouso ir além, quanta semelhança com nós que estamos envolvidos no ministério... Fico imaginando se muitas vezes nós não “crescemos demais” também. Às vezes produzimos belas sombras, evitamos várias coisas, e crescemos, crescemos, muitos vêm aplaudir nossa beleza, nossa pompa, muitos vêm e falam: “Olha, que árvore grande, quantas folhas!” E assim prosseguimos, mas não percebemos que estamos apenas produzindo aparência, e esquecemo-nos dos frutos...
Tenho comigo, que não somos apenas nós que percebemos isso. Não. O agricultor por excelência nota essa pequena diferença, uma diferença que pessoas comuns não notam, mas a árvore sente, e além disso, o agricultor dessa imensa floresta percebe. E quando Ele percebe, não há outra coisa a fazer se não cortar a árvore... cortar os galhos, as folhas, tirar aquilo que só pesa na árvore, a fim de que ela volte a frutificar...
Cá pra nós? Ninguém gosta de ser podado assim, fazemos as mesmas perguntas: “Mas por quê? Por que cortar a árvore? Tudo bem, ela cresceu, mas esse não é o objetivo da vida? Nascer e crescer?” E não conseguimos entender que estes cortes é apenas para nosso próprio bem. Quantas vezes nós que estamos diretamente envolvidos no ministério lutamos diariamente para manter as aparências? Cuidamos para que nenhum irmão se escandalize com algum gesto nosso, lutamos para manter a pompa de pregador, lutamos para manter o status de bom conselheiro, e deste modo vamos criando uma capa de super poderes, e aumentando nossa sombra, nossos galhos, nossas folhas, e até atraímos pássaros para cantar ao nosso redor, ou lindas borboletas para enfeitar o cenário, porém não somos capazes de alimentar de forma sadia e verdadeira almas famintas... É justamente neste momento que o agricultor chega, e começa a nos “cortar”. Como meras árvores não conseguimos entender, e até achamos injusto, por que essa dificuldade justamente agora? Por que perder o contato com aquele acessor justamente no último ano do seminário? Por que ter uma discussão com o pastor exatamente agora? E poucas vezes percebemos que é o corte do Senhor sobre nós...
A verdade é que ficamos bem emburrados, por um bom tempo, nos sentimos as piores pessoas da face da Terra. Esquecemos que fomos apenas cortados e não abatidos. Esquecemos que nossa raiz ainda está no solo, e que certamente voltaremos a brotar. Esquecemos-nos que os planos de Deus são maiores, e assim como os céus são mais altos do que a Terra, certamente os caminhos de Deus são mais altos e sublimes do que os nossos. Então sem notarmos a primavera chega... E começamos a frutificar. Só então percebemos que após termos “perdido” algumas coisas começamos a dedicar esforços e energia para produzir frutos, ao invés de gastar energia para manter as aparências, e então compreendemos que agora sim podemos produzir algo que alimente, dê força e sacie a fome de algumas pessoas.
Pode ser que você esteja lendo esse pensamento e esteja balançando sua cabeça de modo positivo, como se estivesse lendo sua própria história, então, bem vindo ao clube! A verdade é que todos nós sofremos cortes. Cortes necessários, que nos fazem frutificar. Quero te fazer uma proposta, a partir de hoje, quando você perceber que está sendo podado, não questione o motivo, apenas agradeça o cuidado do Sumo Agricultor, e lembre-se que certamente, este corte cooperará para o bem, e te fará produzir frutos, como uma planta nova...

Nos laços do Calvário
Kelly Priscila – IBAD 10/Março/2011

segunda-feira, 14 de março de 2011

Quem tiver nosso coração, nos terá em suas mãos...


Quem tiver o nosso coração, nos terá em suas mãos...
Ouvi essa frase uma única vez, pelo professor Alan, e ela ficou marcada para mim. Uma frase que ao mesmo tempo em que é simples e superficial, denota uma profundidade que só quem já entregou o coração na mão de alguém é capaz de saber. Quando amamos nos entregamos sem reservas,
Quando amamos superamos todos os defeitos,
Quando amamos, enfrentamos obstáculos intransponíveis, Quando amamos, simplesmente amamos.
No mundo real tudo permanece igual, mas para um coração apaixonado tudo muda:
O sol tem mais brilho;
As rosas passam a ter cheiro;
As estrelas são significantes;
O dia passa mais rápido;
A comida tem mais sabor;
A vida passa a ser vivida, pois se tem alguém para viver junto.
O amante passa a entregar o seu coração sem reservas para a pessoa amada.
Isso é complicado,
Muito complicado
Não são todas as pessoas que sabem cuidar do coração de alguém,
Nem todo mundo é cuidadoso,
Nem todo mundo sabe que o coração de uma mulher é algo Frágil como cristal
Nem todos compreendem que o coração de uma mulher é terra que poucos têm o privilégio de pisar.
Poucos compreendem que quando a mulher tem seu coração ferido, lágrimas amargas descem em sua face,
Poucos lembram-se que a mulher é o “vaso mais frágil”
E por esquecerem-se disso, machucam,
Machucam
Machucam
Esse é o motivo de muitas mulheres dizerem que não acreditam no amor,
Após um relacionamento ilusório, a maioria delas dizem que nunca mais confiarão em ninguém
Até aparecer o próximo Homem que tentará conhecer o terreno de seu coração,
E, mais uma vez a mulher entrega seu coração a alguém que promete lhe fazer feliz por toda sua vida...
Nem sempre isso acontece, e às vezes essas frágeis mulheres acabam machucando-se novamente...
É triste, mas é a realidade
Fazer o quê?
Nascemos para Amar
Nascemos para nos doar
E talvez seja por isso que essa frase mexeu tanto comigo
Quem tiver nosso coração nos terá em suas mãos...”
Meu coração está à procura de alguém que cuide dele,
Como se fosse o seu próprio...
Enquanto isso?
Vou sonhar, e esperar você chegar...
Sei que um dia você chegará
Enquanto não vem, cuidarei do
NOSSO coração
Para que você me tenha em suas mãos...

sábado, 12 de março de 2011

As Tempestades da Vida

               A natureza sempre me encantou. Amo árvores, mares, rios, cachoeiras, animais, especialmente os selvagens, céu, dia noite, tudo me encanta. Quando cheguei ao IBAD, vi que o lugar era repleto de árvores, coisa que me deixou bem contente, afinal, ouvir o canto dos pássaros no final da tarde é uma oportunidade divina.
               Certa tarde caiu uma forte tempestade, daquelas fortes mesmo, (e quando eu digo forte, acredite, era forte!). Ficamos duas meninas e eu olhando pela janela os raios, ouvindo os trovões e contemplando os relâmpagos, aquele espetáculo de poder da natureza... Após alguns minutos de tempestade percebemos que o cenário que se desenrolava à nossa frente já não era tão glorioso, alguns galhos secos começaram a cair, folhas do alto das árvores vencidas pela impetuosidade da chuva começaram a se render e com uma velocidade maior do que a normal caiam ao chão, sem forças sequer para lutar. Além disso, coisas que estavam em cima do telhado começaram a cair, desde galhos de árvores, a papéis, e coisas que nem imaginávamos estar em cima do prédio.
               A tempestade passou, e só então pude perceber o tamanho da “destruição” que havia causado, um certo grau de indignação tomou conta de mim, pensei seriamente como aquilo poderia ter acontecido? Para mim tudo aquilo parecia um caos, não conseguia aceitar, ver tantos galhos de árvores caídos, folhas aos montes amontoadas no chão, e o lixo que caiu do telhado? O que era aquilo pelo amor de Deus? Alguém poderia me explicar?
               Fiquei pensando com meus botões, e de repente comecei a ver vida em meio a destruição... Deus começou a ministrar ao meu coração, e eu fui vendo além daquela tranqueira espalhada pelo chão... por um momento, eu me senti como aquele lugar, que estava em perfeita paz, até que algumas nuvens decidiram se formar... e assim derramar uma forte tempestade. Descobri que as folhas que as folhas que caíram ao chão eram em sua maioria folhas secas, mortas, que já não davam vida à árvore, e era necessário que elas saíssem para dar lugar a novas folhas. Percebi também que antes da tempestade, tudo estava “perfeitamente bem” até que toda aquela água começou a lavar o telhado do prédio, então a sujeira que antes estava escondida foi revelada.
               Percebi que na maioria das vezes quando somos surpreendidos por tempestades da vida, nos questionamos e tendemos a ver apenas a aparente destruição que um forte vento causou, e ficamos incomodados com isso, pois começamos a ver folhas, sujeira, poeira e muitas coisas que estavam escondidas, e quando o vento vem tudo isso é revelado, pois com as tempestades da vida percebemos as nossas imperfeições, falhas, erros, pecados... Tudo isso nos incomoda, e como incomoda... Acho que sei por que nos causa tanto incômodo, por que percebemos que essa sujeira saiu do nosso telhado, é nossa, por mais que não queiramos admitir, as folhas e galhos secos pertencem, ou pertenciam a nós. É difícil admitir, pois temos o desejo de sermos perfeitos, o homem cobra isso de si desde a queda do Éden, quando Adão e Eva se vestem com folhas de figueira eles queria mostrar uma perfeição que não tinham, queriam corrigir erros que eles não poderiam nunca corrigir, e inevitavelmente herdamos isso deles... Buscamos uma perfeição inalcançável por nossas próprias forças. E quando vêm as tempestades da vida e nos apresentam nossas falhas, relutamos, e teimamos dizendo que não é justo o forte vento pelo qual estamos passando.
               Aprendi, que após uma grande tempestade só há uma coisa que podemos fazer: pegar uma vassoura, uma pá, um saco bem grande de lixo e começar a recolher aquilo que caiu... Limpar o terreno, é isso que precisamos fazer. Não podemos deixar a sujeira toda lá, pois isso só deixaria uma péssima vista do ambiente. No mundo físico, isso é fácil, qualquer um pode recolher folhas e galhos secos, já no espiritual, precisamos da ajuda do Mestre.
               É impossível limparmos nosso “terreno” depois de uma tempestade que o próprio mestre mandou para nos mostrar nossas falhas (a semelhança de Pedro que percebeu que era fraco e tinha dúvidas em sua fé, em meio a tempestade que enfrentou no mar). Quando é o próprio Mestre que nos manda um vendaval, precisamos entender que Ele nos ajudará, e assim como fez com Pedro nos segurará não mão e não nos deixará afundar. Sabe por quê? Por que somente Ele é Perfeito, e apenas Ele pode nos mostrar o caminho da perfeição...
               Depois desse episódio, continuei amando a Natureza, mas agora a vejo com outros olhos, afinal, cada folha de árvore, ou gota de orvalho, é uma carta escrita pelo Sumo Criador às suas finitas criaturas...
Kelly Priscila
14/02/2001 - Verão
Limeira/SP 12:41am