quarta-feira, 30 de março de 2011

Agora, lá vai ele...

Agora lá vai ele...
Agora, lá vai ele, como sempre, sozinho.
As pessoas ao vê-lo sentem repúdio,
Não é à toa que ele tenha se tornado ranzinza e carrancudo.
Há tempos ele não se aproxima de ninguém.
Há tempos ele quase não passeia pela cidade.
Há tempos ele nem sequer é tocado.
Agora, lá vai ele, ninguém queria ficar a sua volta.
Ninguém queria um abraço ou aperto de mão dele.
As crianças que são doces, ao vê-lo se tornavam mais amargas que o fel.
Ninguém o respeitava, empatia era um sentimento que ninguém tinha por ele.
Imundo! Era a maneira que o chamavam.
Imundo! Era como ele devia se identificar.
Quem era ele? Mais um leproso.
Agora, lá vai ele. Um fio de esperança passa por seu coração.
Um novo profeta havia se levantado em Israel.
Alguns diziam que era o Messias prometido à Israel.
Disso, ele não tinha certeza, mas ouvira falar de uma pesca maravilhosa que esse profeta havia realizado,
Também havia ouvido falar que ele teria curado um endemoniado.
 Então, ele decide que não tinha nada a perder. Por isso, ele vai.
Agora, lá vai ele, talvez a princípio ele tenha pensado em questionar,
Mas ao se aproximar, ele percebe que Jesus não é mais um.
Ele é único. Provavelmente o Filho de Deus.
Um sentimento de temor e tremor lhe invade
Com uma reverencia divina se curva diante do Rei do reis e suplica:
“Senhor, se quiseres pode tornar-me limpo”.
Algo incompreensível ocorre.
Tudo acontece muito rápido.
Jesus o TOCA e o CURA.
Um toque?
Como assim?
Ele esperava uma cura física,
Mas Jesus cura sua alma antes de tudo.
Com o toque Jesus lhe restaura a dignidade.
Ele recebe algumas instruções,
Mas permanece alguns minutos de joelhos com lágrimas nos olhos,
Pensando paulatinamente nos últimos cinco minutos.
Agora, lá vai ele,
Não é mais um leproso,
Ou um sem esperança,
Mas sim uma pessoa que havia encontrado o maior homem de toda a História...
Jesus...
Agora? Lá vai ele...

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